Ambas são artes
Mas não são privilégio de poucos
A chuva é um bem inesgotável e comum
a todos
Reporto-me aos tempos de infância
Ao correr no gramado molhado com os
amigos
Pulando nas poças d’água
Com o chuvisco a salpicar o rosto
E a escorrer lentamente pela face
Que mal percebíamos
De tão concentrados na brincadeira
Só parando contrariados com a mãe a
gritar:
“Sai da chuva meninada ou vão ficar
gripados!”
A sensação gostosa do banho quente
que vinha em seguida
Dias de chuva são cheios de mistérios
O café com leite que aquecia a alma
Junto aos chocolates que consumíamos
sem culpa
Sem ater-nos a mediocridade de ficar contando calorias
Como nos dias atuais
Fazia-nos maravilhosamente felizes
A simplicidade da vida
Trazida pela saudade
Eternamente guardada num sorriso de
criança.
DEISE FORMENTIN
DEISE FORMENTIN
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