Dias e dias
a procurar
O que eu
nem sei se existe
Ou como é
Parece uma
busca vã de mim mesma
Por que
somos assim?
Tudo parece
ser tão fácil
Parece
estar sempre mais perto do que se imagina
E, no
entanto tão longe...
De tão
simples, se torna impossível
É que no
fundo nunca estamos felizes com o que temos
Nada é
suficientemente o bastante para nós
Sempre
queremos mais
E na busca
do mais,
Acabamos
abandonando, perdendo o que temos
E nossa
vida se torna um círculo vicioso
Um procura
– acha – abandona eterno
E depois
nos queixamos de que
A
felicidade não é para nós
De que não
temos o direito de sermos felizes
Pobres
mortais...
DEISE FORMENTIN